Próstata - parte 1


A próstata é um órgão glandular situado na base da bexiga dos homens. Tem a função de produzir uma secreção (líquido prostático), que junto com os líquidos seminal e testicular e os espermatozóides, compõem o esperma (ou sêmen). Cerca de 30-40 % do volume de uma ejaculação é de líquido proveniente da próstata.

Esse líquido tem a função de nutrir, proteger e servir de transporte para os espermatozóides até seu encontro com o óvulo. Aproximadamente no centro da próstata, há um túnel por onde a uretra passa, dando vazão externa à urina.

Com o avançar da idade (> 40 anos), a próstata pode começar a crescer e a estreitar esse caminho urinário, dando os sintomas de obstrução: jato urinário fraco e partido, esforço para urinar, sensação de esvaziamento incompleto, levantar à noite para urinar e, paradoxalmente, dificuldade para "segurar" a urina.

As principais doenças da próstata são as inflamatórias e infecciosas – prostatites crônicas e agudas – e as tumorais – hiperplasia (benigna) e câncer. O preventivo prostático deve ser feito anualmente acima dos 45 anos de idade e consiste de: dosagem sanguínea do PSA, ultrassonografia e toque retal (quando necessário).

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Uropediatria


Muito mais comum do que se pensa, crianças de ambos os sexos também sofrem de problemas urológicos. Não são os mesmos que adultos e idosos, pois há uma tendência natural de que desordens congênitas se manifestem bem mais precocemente.

Além disso, como o sistema nervoso da criança tem um longo processo de maturação, várias alterações urinárias podem se manifestar por mais tempo que o esperado. É o caso da enurese noturna, que, trocando em miúdos, significa urinar na cama acima dos 5 anos de idade.

Entretanto, as mais graves disfunções urológicas estão relacionadas com más formações congênitas, quer sejam urinárias ou relacionadas a outras áreas, tais como: bexiga neurogênica por mielodisplasia congênita, válvula de uretra posterior, obstrução primária de colo vesical, hidronefrose, refluxo vesico ureteral, infecção urinária, hipospádia, epispádia, criptorquidia, hidrocele, torção testicular, entre outras.

Não é tão raro haver tumores malignos urológicos em crianças, particularmente nos rins (Tumor de Wilms ou hipernefroma) e nos testículos (seminomatosos ou não). Esses tumores são raríssimos em adolescentes e não surgem em adultos.

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Uro-Oncologia


O segmento da Urologia que se responsabiliza pela prevenção, diagnóstico, tratamento e prognóstico dos tumores malignos do sistema urinário e reprodutor masculino é denominado Uro-Oncologia.

Os tumores malignos urológicos mais frequentes são os da próstata, rins, bexiga, testículos e pênis. Como ocorre em qualquer câncer, o seu aparecimento depende de fatores que relacionados ao meio ambiente e ao estilo de vida do paciente, bem como de fatores genéticos / hereditários.

Como facilitadores do aparecimento tumoral também são levados em conta aspectos psicológicos / emocionais, já que estes podem atuar debilitando o sistema imunológico, responsável pela destruição de células malignas.

Em Urologia, os tratamentos para os tumores malignos incluem radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e procedimentos cirúrgicos. Podem ser utilizados como terapêuticas paliativas (tratamento para alívio dos sintomas e retardo da evolução tumoral) ou curativas (quando os tumores estão em seus estágios iniciais).

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Uroneurologia


Uroneurologia é o ramo da Urologia que estuda, previne e trata os problemas urológicos decorrentes de doenças ou estados neurológicos. Envolve a parte urinária, ejaculação, ereção e fertilidade.

É mais comumente direcionada para a área urinária, pois sem essa parte em ordem é quase impossível que se possa “trabalhar” as disfunções sexuais nos paciente neurogênicos. A parte mais bem estudada de Uroneurologia é o que se chama de Bexiga Neurogênica.

A bexiga neurogênica está intimamente relacionada a doenças como Esclerose Múltipla, Parkinson, Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Mielite Transversa, sequelas de Encefalites, Meningites, Polineurites e Mielomeningocele. Também é acentuadamente comum em portadores de sequelas de AVC, traumatismos craniano e raquimedular e neuropatia diabética.

O exame básico referente a essa área é a Avaliação Urodinâmica, que pode desvendar o tipo e grau de disfunção miccional, indicar seu tratamento e vislumbrar seu prognóstico a curto e longo prazos. As alterações mais freqüentes em bexiga neurogênica são: Arreflexia (ausência de contração, reflexo e sensibilidade da bexiga), Hiporreflexia (diminuição dos reflexos e contração) e Hiperreflexia (aumento da atividade contrátil e reflexa da bexiga / uretra).

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