Incontinência Urinária - parte II


A incontinência urinária de esforço (IUE) talvez seja a mais comum delas. Afeta basicamente as mulheres, em especial após a menopausa. Porém, pode ocorrer em qualquer faixa etária. Também afeta alguns homens que foram operados de próstata, particularmente aqueles que tinham câncer, pois a cirurgia é mais agressiva.

Quando o equilíbrio entre o fechamento da uretra e a capacidade de armazenamento de urina pela bexiga é afetado, alterações urinárias ocorrem na forma de incontinência (perda) ou retenção (dificuldade para urinar). Quando é a uretra que perde sua força para conter a urina, esforços habituais (tossir, espirrar, subir escadas, fazer ginástica, rir) podem levar à perda urinária. Ao contrário, quando é a bexiga que perde seu poder de contração para expulsar a urina (ou a uretra fica estreitada), a retenção começa a se fazer presente.

Falando particularmente das mulheres, especialmente aquelas que tiveram múltiplos partos vaginais e que estão na fase de climatério (pouco antes da menopausa) ou já atingiram a fase de pós-menopausa, elas são mais susceptíveis às perdas urinárias por esforço. Esse fato se deve ao afrouxamento dos ligamentos e músculos que mantém a bexiga e a uretra em suas posições anatômicas, gerando o que se chama de “bexiga baixa”, cuja terminologia científica é Prolapso Urogenital. Se, somado a isso, a mulher foi previamente submetida à retirada do útero (histerectomia) e apresenta os níveis de estrógeno (hormônio feminino) baixos – denominado hipoestrogenismo -, o quadro de incontinência de esforço pode ser agravado.

O diagnóstico, nesses casos, é feito pela história clínica, exame físico e exames complementares (ultrassonografia, cistoscopia e urodinâmica). O tratamento varia conforme o grau de incontinência (leve, moderado, severo ou total) e vai desde fisioterapia urogenital (Bioffedback-EMG / Eletroestimulação) até procedimento cirúrgico para recompor a posição anatômica da bexiga e/ou uretra (perineoplastia, suspensão de bexiga, sling uretral e telas suspensoras).

**********

Um comentário:

  1. Achei interessante alguém referir a incontinência urinária também nos homens. Fui contemplado por essa vicissitue, e procurei resolver o melhor que pude. Andei um ano com pensos 5 gotas, depois passei a 4 gotas e presentemente continuo com o 3 gotas, se bem que até já pudesse andar sem nada. Já lá vão 10 anos. Mas o que me deixou mais admirado, foi que inicialmente encontrava pensos para homens, e agora é muito difícil. Uso de senhora, que remedeiam bem. Mas se houvesse com um contorno mais triangular seriam ideais. Prupûs a vários laboratórios a sugestão, e respondiam-me enviando-me como que uma bolsa incómoda, que nem usei sequer. Mas seria bom que aparecessem no mercado pensos anatomicamente mais adaptados.

    ResponderExcluir